sexta-feira, 3 de julho de 2009

Presidente de Mação critica PS por chumbar passagem para o Médio Tejo


O presidente da Câmara de Mação contesta a decisão do Grupo Parlamentar do PS na Assembleia da República de chumbar a passagem do município para a sub-região do Médio Tejo, como havia sido pedido pelos partidos com assento na Câmara e Assembleia Municipal de Mação. “Foi com profunda tristeza e estupefacção que acolhemos a notícia, que é contra-natura e contrária aos interesses do concelho de Mação, da sua população e dos eleitos locais, e é típica de um Governo autoritário que vai, também, contra a opinião unânime dos deputados”, afirmou Saldanha Rocha (PSD).
Em Abril, a Comissão de Poder Local aceitara discutir a proposta de reintegração de Mação no Médio Tejo em detrimento da NUT (Nomenclatura de Unidade Territorial) do Pinhal Interior Sul (que integra quatro concelhos do distrito de Castelo Branco). Uma mudança que ocorreu no início do ano e que produziu ”consequências nefastas para o município, nomeadamente na área da saúde”, recordou o autarca.
A moção aprovada pelos autarcas de Mação “propunha que fosse desencadeado um processo que conduzisse à integração do município de Mação na NUT do Médio Tejo, por ser aquela que melhor enquadra este município, para onde nos deslocamos, onde temos relações de maior proximidade e onde trabalhamos em projectos conjuntos”, explicou o autarca. “É um dia difícil de digerir”, acrescentou Saldanha Rocha, dizendo ser “necessário manter a persistência uma vez que a razão assiste o povo de Mação e a pretensão é justa e óbvia”.
O deputado do PSD Miguel Relvas considerou que a decisão do PS “demonstra uma arrogância e um centralismo inaceitável e mostra bem como o Governo trata os municípios e o poder local”. Acrescentou que “a atitude do PS é vergonhosa eticamente, mostra um partido que não é fiável e em que não se pode confiar, sendo que este tipo de comportamento tem de ser energicamente denunciado pelo PSD”.
Já o deputado socialista Nuno Antão disse que “a questão apresenta problemas formais que não foram ultrapassados” mas que, na prática, o município de Mação “não é afectado com a questão”. Acrescentou que “em termos práticos Mação vai continuar a aceder aos fundos comunitários através do trabalho conjunto das duas NUT e a população vai continuar a utilizar as mesmas unidades de saúde, como até aqui”. E concluiu: “A mudança de Mação para o Médio Tejo é uma falsa questão e, neste momento, não faz sentido”.
«O Mirante»

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