quinta-feira, 4 de junho de 2009

Cidadão “pobre” acumula quase 1.700 euros de dívida de consumos de água

O executivo municipal de Coruche decidiu averiguar melhor a situação que provocou um consumo de água de quase 1.700 euros por parte de uma família com um rendimento “baixo”.
Os cinco vereadores presentes na reunião de câmara de 27 de Maio concordaram retirar a proposta que propunha o pagamento em 55 prestações superiores a 30 euros cada por duvidarem que o munícipe tenha condições para o pagamento.
“Se a pessoa não conseguiu pagar consumos de cinco euros não vai pagar 55 euros. Estamos a falar de uma pessoa com um rendimento inferior a 300 euros”, argumentou o vereador comunista Ricardo Raposo depois do seu colega de bancada António Soares ter proposto o perdão da dívida.
O presidente em exercício, devido à ausência de Dionísio Mendes, disse que a câmara não pode abrir precedentes de perdão porque há dezenas de munícipes em situações de relaxe. Joaquim Serrão (PS) concordou que a situação “deve ser melhor avaliada”. O executivo achou estranho o facto de aparecerem consumos mensais de 600 euros e 749 euros em Agosto e Setembro de 2004, situação que pode ter a ver com regas efectuadas com água da rede pública. Segundo o vice-presidente, a família em causa está a ser acompanhada pelo gabinete de acção social da câmara no âmbito do programa de acesso a habitação social e não será difícil averiguar a situação actual.
Recorde-se que não é a primeira vez que aparecem consumos de água na ordem dos milhares de euros resultantes de fugas ou de consumos em terrenos agrícolas. O facto de atingirem o escalão máximo faz com que o preço da água dispare. Depois os consumidores que não pagam no prazo estipulado são sujeitos a juros de mora que aumentam de forma significativa o valor a pagar.
«O Mirante»

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