sábado, 20 de junho de 2009

Peixes morrem em Abrantes

CDS e Bloco de Esquerda já tomaram posições públicas e querem soluções Câmara de Abrantes desconhece morte de peixes junto ao açude insuflável

A Câmara Municipal de Abrantes emitiu um comunicado onde afirma desconhecer a morte de peixes junto ao açude insuflável implantado no rio Tejo junto à cidade. Uma situação que se deveria à dificuldade dos peixes em vencer o desnível do açude quando pretendem subir o rio, o que leva à acumulação de espécimes junto à represa tornando-os presa fácil de pescadores furtivos. A autarquia diz que “o único registo existente de ocorrência de morte de peixes foi no dia 16 Agosto de 2007, às 09h32”. E explica que nessa data ainda se estava a aferir o modo de funcionamento de todo o equipamento.
O esclarecimento da autarquia surge em resposta a posições tomadas há algumas semanas pelo candidato do CDS à Câmara de Abrantes, João Pico, reforçadas entretanto pelo Bloco de Esquerda (BE). Em requerimento dirigido ao Ministério do Ambiente, o Bloco de Esquerda afirma que “o declive a transpor no açude é muito acentuado e a corrente provocada pelo desnível de água é tão forte que torna difícil, senão mesmo impossível, a passagem dos peixes”. Independentemente das respostas do Ministério do Ambiente, “o Bloco de Esquerda está a ponderar avançar com uma queixa-crime contra incertos”, afirmou Manuel António, candidato do Bloco à Câmara de Abrantes.
Manuel António disse que “os peixes ficam ali ao monte, a esbarrar contra a parede do açude sem conseguir seguir caminho”. “Em alturas de fortes caudais, a corrente é extremamente violenta. Além disso, a entrada da passagem situa-se a cerca de 1,5 metros de altura, o que dificulta ainda mais a passagem dos peixes”. “Com os cardumes ali emparedados a cobiça desenfreada de alguns pescadores tem feito o resto”, afirmou o dirigente partidário.
“A situação até nos foi transmitida por pescadores, tendo alguns deles destruído as barreiras protectoras de acesso ao açude. E ali pescam à fateixa ou à rede enchendo saca atrás de saca com milhares de peixes”. No requerimento enviado ao Ministério do Ambiente, o BE pergunta: “Como justifica o ministério que o açude insuflável de Abrantes tenha sido concebido sem permitir a adequada passagem dos peixes e que medidas urgentes vai o ministério adoptar para resolver este grave problema ambiental?”.
» O Mirante»

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