quarta-feira, 10 de junho de 2009

Presidente pede em Santarém boa gestão orçamental das Forças Armadas

O Presidente da República, Cavaco Silva, defendeu esta quarta-feira em Santarém que deve ser dada prioridade à formação dos militares e sublinhou que as Forças Armadas devem “operar eficientemente dentro dos limites orçamentais impostos”.
Cavaco Silva dedicou o seu discurso às Forças Armadas durante a cerimónia militar que assinalou em Santarém o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, destacando o desempenho dos militares em operações internacionais e a nível nacional e a importância da sua formação. O Presidente admitiu alguma preocupação com a falta de preparação física dos jovens, demonstrada pela elevada percentagem de candidatos a militares que são eliminados nas provas físicas.
“Face aos objectivos que se pretendem atingir com as Forças Armadas, importa assegurar a disponibilização de meios adequados à existência de um sistema militar coerente, capaz de operar eficientemente dentro dos limites orçamentais impostos”, salientou o Presidente da República, na sua intervenção.
Cavaco Silva acrescentou que “os elevados padrões de disciplina e de coesão que o país deve exigir às Forças Armadas impõem um especial cuidado na salvaguarda da condição militar dos homens e mulheres que as integram”, além de, salientou, “uma preocupação acrescida de justiça na definição das suas condições socio-profissionais”.
O Presidente da República disse ainda esperar “uma maior ligação e complementaridade entre os ramos e a criação de estruturas de comando mais ágeis e flexíveis, evitando duplicações e buscando eficácia, racionalidade e economia de meios”, após a aprovação, no Parlamento, da Lei de Defesa Nacional e da Lei Orgânica de Bases de Organização das Forças Armadas.
Durante o seu discurso, o Chefe de Estado insistiu na atenção à formação dos militares. “Em todos os processos de transformação das Forças Armadas, mais do que a actualização tecnológica dos recursos materiais, sobressai a qualidade dos recursos humanos como o mais valioso activo da instituição militar. Daí a prioridade que deve ser dada ao apuramento da sua formação”, destacou o Presidente da República.
Cavaco Silva salientou que o ensino deverá incluir “uma sólida formação ética e comportamental dos jovens militares”, lembrando que “a capacidade e o treino físico são condições indispensáveis para o exercício da profissão militar”. A este propósito, o Presidente referiu que cerca de 40 por cento de candidatos às escolas militares são eliminados nas provas físicas, um dado que considerou “uma característica das sociedades modernas”, mas que disse ser “com certeza preocupante”.
“Importa melhorar a condição física dos nossos jovens, não só numa perspectiva da Defesa Nacional mas também por razões de saúde pública e bem-estar da população”, destacou. Cavaco Silva enunciou ainda presenças das forças portuguesas em operações das Nações Unidas, da NATO e da União Europeia, uma participação que, sublinhou, deve prosseguir.
“Devemos, para a salvaguarda dos nossos próprios interesses, continuar a honrar os compromissos com estas organizações e garantir as condições adequadas para que as nossas Forças Armadas possam ombrear com as demais no cumprimento das missões internacionais”, disse.
«O Mirante»

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