Pelo menos cinco mulheres que trabalham na empresa ISS Human Resources fazendo a limpeza de comboios nas instalações da EMEF no Entroncamento foram vítimas de discriminação na empresa por, dizem, serem sindicalizadas.
O caso foi revelado esta manhã pelas próprias à candidata da CDU, Ilda Figueiredo, durante uma visita à EMEF - Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário. A eurodeputada anunciou que “se o caso não for resolvido até à reabertura do Parlamento” vai denunciá-lo à Comissão dos Direitos da Mulher e Igualdade dos Géneros e também comunicar a situação ao ministério do Trabalho e da Solidariedade.
“Trabalho há 33 anos e ganho menos do que as outras empregadas que entraram há poucos anos; nem 500 euros recebo. No ano passado ninguém foi aumentado, mas este ano só não recebeu aumento quem é sindicalizado. Até as trabalhadoras que entraram há um ano foram aumentadas”, contou Margarida Coelho, encarregada de limpeza.
Na mesma situação estão outras quatro mulheres que trabalham com Margarida, todas sindicalizadas no STAD – Sindicato dos Trabalhadores dos serviços de Portaria, Vigilância, Limpeza e Actividades Similares, e que já levaram o caso a Tribunal de Trabalho. Algumas já foram ouvidas, mas a advogada da empresa, que tem vários contratos com a CP e a Fertagus, “já disse que não há acordo possível enquanto estiverem no sindicato”, conta uma delas.
“Admito que haja outras empresas onde se passe o mesmo”, afirmou Ilda Figueiredo, acrescentando que a situação é “absolutamente inadmissível”. “Os trabalhadores têm direito a escolher se e qual a forma de organização sindical que pretendem e não podem ser discriminados por isso de forma alguma.
«O Publico»
Sem comentários:
Enviar um comentário