quinta-feira, 25 de junho de 2009

Pavimentação ficou a meio numa rua de Salvaterra de Magos

Alguns moradores do Bairro da Chesal, em Salvaterra de Magos, não percebem por que razão só foram pavimentados os primeiros 50 metros duma rua com 250 metros de cumprimento mas que serve dezenas de famílias que ali têm os acessos aos logradouros das suas casas e às garagens. “Não entendemos porque não acabaram o serviço. Deviam fazer uma coisa como deve ser. Colocaram aqui aquele bocado de alcatrão há 15 dias e não fizeram mais nada”, adianta o mecânico João Costa que em tempos explorou uma oficina de automóveis no bairro.
O pedaço de alcatrão colocado na rua, próximo do hipermercado Modelo e nas traseiras da escola secundária, foi uma massa de asfaltamento que sobrou duma obra de pavimentação junto do Palácio da Falcoaria. “Eles nem prepararam o terreno. Chegaram aqui e colocaram o alcatrão que sobrou. Foi só para tapar uns buracos grandes que havia no início da rua”, explica um morador, que pede para não ser identificado, com receio de represálias. Outros moradores seguem o seu exemplo. Há um clima de receio no bairro que um dos moradores justifica com o facto de “precisarem da câmara para legalizar as garagens e oficinas que construíram com autorização da câmara. Apesar da maioria dos proprietários pagar Imposto Municipal Sobre Imóveis (IMI) e ter os prédios registados nas finanças, não estão devidamente conservados na Conservatória do Registo Predial e não podem ser vendidos ou doados sem a devida legalização. “Se eu quiser deixar isto aos meus filhos, tenho de legalizar antes de morrer”, explica o proprietário de duas garagens do bairro.O facto das garagens estarem nesta situação é apontado como uma das razões para “a câmara não fazer nada no bairro. “Quando esta presidente foi para lá disse que ia arranjar isto tudo. Está lá há tanto tempo e não fez nada. É igual aos outros”, refere uma moradora que passeia o cão na rua por asfaltar. Os buracos sucedem-se e há uma nuvem de pó no ar. No Inverno, as águas não escoam e entram para as garagens e quintais.
«O Mirante»

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